Quis o destino que a primeira pessoal fosse meu próprio filho.
Não sei como as coisas caminharam pra que esse momento chegasse! Sério...
Uma sucessão de fatos onde terminaram em uma cirurgia.
Pra muitos, algo simples! Uma "simples cirurgia de Adenóide e garganta.
Aí é que entra o meu drama (se é que é assim que enchergarão.
Ali vendo todos aqueles preparativos pra tal cirurgia eu acho que estava igual ao meu filhinho, sem noção do que iria passar!
Confesso que estava um pouco apreensívo e tal, mas meu pequeno estava trânquilo!
Não via a hora de acabar tudo logo pra poder "tomar sorvete à vontade" !
Eu nunca fiz uma cirurgia desse tipo e portanto...sem noção!
Assim que ele entrou no centro cirúrgico, fiquei mais calmo. Lógico que eu tinha cautela quanto a anestesia geral, porém confiante.
Em 40 min. sabemos que não se pode fazer muito não é?
Pelo menos na nossa vida corrida como é nos dias de hj!
Eu acho que eses tais minutos não chegam a fazer diferença na maioria das situações na qual passo o meu dia.
ERRADO!
40 minutos fazem a diferença sim e muito e não digo das "fanáticas partidas de futebol e tal!
Eu fui do paraíso ao inferno em 40 min. e não é só isso! Fui do inferno ao inferno nível 2 (se é que existe isso!) em 40 segundos.
Quando meu filho retornou e começaram as reações da "volta" da anestesia eu fiquei paralisado!
Não vou citar aqui as tais reações pois acredito que é viver novamente.
Aí começaram mais 40 minutos de sofrimento (foi o tempo que ele levou pra dormir mais calmo!).
Minha vida passou diante dos meus olhos em 40 min.
Não sei a dor de um pai ao perder seu filho e espero não saber nunca, mas estive preenchido naqueles instantes por uma sensação de impotência e incapacidade que foram assustadoras.
Me questionei do porque operar a garganta de uma criança tão novinha.
As outras crianças foram voltando pros seus quartos e tendo as mesmas reações. Foi horrível ver!
Mas as que só operavam da Adenóide voltavam mais tranquilas.
O problema pra mim foi ver o retorno das crianças que retornavam das cirurgias da garganta.
Depois senti revolta de mim, da minha mulher e de todos alí do hospital.
Achei que tinham judiado do meu filho e me senti enganado pois não tinha idéia do que ele iria passar.
Fiquei pedindo desculpas pra ele e passando mal.
Até que ele dormiu comigo fazendo carinho no cabelo dele!
Hoje estamos em casa e é o 3º dia pós operatório, graças a Deus!
Ele está bem melhor e melhorando a cada dia.
Talvez pra muitos meu relato não seja grande coisa! Eu mesmo ao escrever me peguei pensando: - Será que devo utilizar esse espaço pra contar isso?
Será que terá a mesma intensidade que teve lá no hospital?
Resolvi que pra mim não importa.
O quero é registrar pra mim mesmo e pra quem puder entender, que filhos são parte da nossa alma! Estamos ligados em tudo e isso é lindo!
Sou daqueles que acham que filhos deviam enterrar os pais e nunca o contrário!
São experiências assim que nos transformam e nos fazem evoluir!
TE AMO VITINHO
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